A Feira chegou ao fim no último domingo (14), no Pernambuco Centro de Convenções, reunindo 320 mil pessoas em 12 dias, com atividades diversas e ações inéditas
Um público de 320 mil pessoas circulou pelo Pernambuco Centro de Convenções, em Olinda, durante a 24ª edição da Fenearte – Feira Nacional de Negócios do Artesanato, que teve como tema “Sons do Criar – Artesanato que Toca a Gente”. Realizada pelo Governo de Pernambuco entre os dias 3 e 14 de julho, reuniu mais de 5 mil artesãos, expositores e empreendedores, gerando um impacto econômico de R$ 108 milhões, considerando a projeção de negócios após a feira.
De acordo com pesquisas feitas pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), que realiza a feira, e pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), parceira da feira, 98,6% do público geral aprovou a 24ª Fenearte. Entre os visitantes entrevistados, 22,5% eram turistas e 17,4% estiveram pela primeira vez. O tíquete médio foi de R$ 462. Já entre os expositores, 62% eram mulheres e, para 52,3%, a expectativa de negócios foi superada.
“A Fenearte é uma política cultural e econômica que se reafirma a cada ano, e acabamos de encerrar uma edição histórica, tanto pelos números apresentados quanto pelas diversas iniciativas iniciadas na feira e que seguirão na vida dos artesãos”, comenta André Teixeira Filho, diretor-presidente da Adepe.
“A Fenearte tem começo, tem meio, mas nunca tem fim. A 25ª já está sendo preparada com muito carinho”, completa o diretor-presidente sobre a edição comemorativa de 25 anos, que traz uma novidade: ela iniciará na segunda semana de julho, no dia 9 (quarta-feira), estendendo-se por 12 dias, até 20 de julho.
OS NÚMEROS DA 24ª FENEARTE
Durante os doze dias da 24ª edição, o público teve a oportunidade de conhecer e adquirir trabalhos de artesãs e artesãos pernambucanos, de várias partes do Brasil (participaram outros 24 estados mais o Distrito Federal) e também de 28 países. Pelas 14 oficinas gratuitas passaram 1.750 pessoas. O Programa do Artesanato de Pernambuco (Pape) emitiu 379 novas Carteira do Artesão, enquanto outras 64 foram renovadas.
No Palco Fenearte se apresentaram 73 artistas da nova cena contemporânea da música pernambucana e também grupos da cultura popular, de manifestações e ritmos diversos, como afoxé, boi, caboclinho, cavalo marinho, ciranda, coco, frevo e maracatu, além de blocos líricos, etnias indígenas, bandas de brega, de forró e de pífano.
No Moda Fenearte, os Encontros de Moda, novidade deste ano para quem quis iniciar uma profissionalização na área, contemplaram mais de 100 pessoas. Foram apresentados 7 desfiles e realizadas 4 rodas de diálogo sobre o mercado. Já na Cozinha Fenearte, 17 aulas de gastronomia mobilizaram plateias cheias dedicadas à gastronomia.
No Espaço Janete Costa, a programação de Conversas Instigantes realizou 13 atividades, entre lançamentos e palestras sobre artesanato, design e sustentabilidade. E a exposição “O Som do Barro – A Artesania Musical de Mestre Nado” recebeu apresentação do mestre e de sua orquestra, além de duas aulas de modelagem de barro em torno.
Ações de acessibilidade batem recorde – Em parceria com a Com Acessibilidade, foram realizadas 19 visitas guiadas pela feira. Disponibilizada diariamente e de forma gratuita, a equipe com 14 audiodescritores, intérpretes de Libras e guias possibilitou a pessoas cegas ou com baixa visão, surdas ou ensurdecidas e neurodivergentes visitar estandes, conversar com artesãos e fazer compras. Nesta edição, foram contempladas 342 pessoas, um aumento de 35% na comparação com 2023.